Tempestade
Tempestade
Assim é a vida
Você é livre até não ser
Você tenta até não poder
E apesar de não querer mais
De não aguentar mais
Você vai e faz tudo de novo
Um dia vieram e levaram consigo
Meu vizinho que era judeu
Como eu não sou judeu, eu não me incomodei
Um a menos para me importar
Então seja você mesmo
Não, não desse jeito
Estamos apenas cumprindo ordens
A sua fila é da esquerd (shh)
No dia seguinte, eles vieram e levaram
Meu vizinho comunista
Não sou comunista então não me incomodei
Dois a menos para me importar
No terceiro dia, eles vieram e levaram
Meu vizinho que era ateu
Como eu não sou ateu, eu não me incomodei
Três a menos, quem se importa?
(Ninguém se importa)
No quarto dia, eles vieram e me levaram
Não havia mais ninguém pra reclamar
Porque o conselho ainda vale
Tome nota
Quem elegeu a procura
Não há de recusar a travessia
Onde toda gente peca
Ninguém faz penitência
Quem busca o que não convém
Perde o que quer e o que tem
Tome nota
O que é do comum é de nenhum
Mal de muitos, consolo é
Mas ai de quem tem um céu
E não elege apenas uma estrela
Onde toda gente peca
Ninguém faz penitência
(Confesse!)
Quem foge do juiz
Confessa o perjúrio
Eis o múnus da cicatriz
Uma noite com Vênus
O resto da vida com mercúrio
Deixe para trás
Os bons nunca valeram nada
Na boca de quem não presta
Não sente a mesa
Onde se fala mal de alguém
Ao levantar-se você vira o assunto
E o alvo final
Onze então dirão
Prego que sobressai, martelada leva
E se a madeira rachar, coitado do ego
Quem fala uma vez, não fala duas
Mas quem fala dez, certamente
Falará onze
Ou mais
Trinta, quarenta
Cinquenta!
Não sente a mesa
Onde se fala mal de alguém
Ao levantar-se você vira o assunto
E o alvo final
É triste
Quem não tem à quem se ater
Enquanto o avião cai
O que seria do ateu
Se não tivesse Deus para não crer?
Pobre, rude, tenso, pequeno
O homem só é grande de joelhos
O que faria o arrogante
Ante o amor que pleiteia ser o adeus?
E nem consegue ser o Deus de si mesmo?
O homem só é grande de joelhos
Mesmo o trigo
Se curva com o vento
Ateu, ateu, ateu
O homem só é grande de joelhos
Mesmo o trigo
Se curva com o vento
São só notas desiguais que eu pus nesta canção
Afinal, sou só uma tríade sem bemóis
Eu procurei ser uma tétrade
Mas não passei de um assobio de um riff sem tato
Um refrão de um falso Picasso
Livro sem final
Desfaz, refaz
Faz do jeito que todo mundo faz
Não faz, eu não ouço
Não é uma letra a mais
Não é se tem unção ou não
Não é sobre como se compõe
Não é um aviso, um olá
É apenas uma maneira de dizer um tchau
Se quiser voltar, volte pra somar
Entre uma frequência e outra
Parodiando modo grego e mixolídio
Solfejando o H2 sem o O
O que importa o Resonare Fibris?
Ou Mira Gestorum, Famuli Tuorum?
Para o mau entendedor, nada
Mas nunca um adeus
Desfaz, refaz
Faz do jeito que todo mundo faz
Não faz, eu não ouço
Não é uma letra a mais
Não é se tem unção ou não
Não é sobre como se compõe
Não é um aviso, um olá
É apenas uma maneira de dizer um tchau
Se quiser voltar, volte pra somar
De outro modo, dê meia volta
Subtraia outra trova
Desfaz, refaz
Faz do jeito que todo mundo faz
Não faz, eu não ouço
Não é uma letra a mais
Não é se tem unção ou não
Não é sobre como se compõe
Não é um aviso, um olá
É apenas uma maneira de dizer um tchau
Se quiser voltar, volte pra somar
Há o finito
Ele então caminhará sob o luar
Se o ver, decore onde Ele está
Porque ao vê-lo, indicará por onde deve ir
Não espere a noite terminar
É onde o sereno chora em seu lugar
Não existe um jeito certo de fazer uma coisa errada
Ou se acerta ou se erra
E se pode ser melhor que é
É evidente que ainda não é tão bom assim
Há o infinito
Há o céu e há o discurso
De quem perdeu seu curso
Agora está aí à deriva
Setecentas e setenta e sete luzes não puderam iluminar
A sombra que escondeu-se do Seu lar
Não existe um jeito certo de fazer uma coisa errada
Ou se acerta ou se erra
E se pode ser melhor que é
É evidente que ainda não é tão bom
Há o erro e outra vez
Outra chance, outro lugar
E enquanto o sábio aponta o céu
O idiota olha o dedo
Mas estrela já não há
Explodiu, não existe mais
O algoritmo venceu
Sinal, síntese, sintomatismo
Meu amor, veja bem
Diga amém
Durma bem
Eu desafio-te a estar
No exato momento em que está
Sem lembrares do passado
E esperares o futuro
Desafio não, eu aposto
Duvido que não consegues por um dia
Um dia apenas
E amá-lo
O amor não envelhece, morre menino
Tem que ser imenso pra saber ser sozinho
Sem deixar que o fim te apavore
E termine só
Porque o amor começa
No momento em que você se sente só
E acaba no exato instante
Em que você deseja estar só
Não, eu te desafio
A registrar tudo desenfreadamente
A cada movimento alheio, lida e... Flash!
Congelado vendo sem enxergar
O abismo que te ameaça
Mas vá, rabisque com a luz
E selfie-se quem puder
Vê que os imensos sabem fazer falta
Não precisam ser suficientes
Para os que os idealizam
Nem renunciam a si mesmos
Para serem como os outros
Selfie or (not) selfy
That it's the question, see?
To be or not to be?
Se você não está onde está
É porque não aprendeu nada
Apesar da pressa
E do passar do (d) anos
Onde você está agora?
O mundo não quer saber
Dos temporais que você encontrou no mar
Ele quer saber se você trouxe o navio
Lembre disso quando a tormenta vir
Então vê, terás de ser forte
Quando mais ninguém for por ti
Estarão ocupados
Com seu próprio naufrágio
Eles falam de você
Porque se falassem de si mesmos
Não haveria quem ouvir
E ao não te superar
Vão te diminuir
A vaidade tem afogados narcisos
Que jamais saberiam qual gota
Lhes fez a respiração parar
Desvendaram que o feitio das águas
São cruéis com os mareantes
Talvez porque o oceano
Afunda mistérios demais
Sempre que pensar em desistir
Pense naqueles que adorariam
Ver você fracassar
Sim, a vida é dura
Mas é justa e muito
Se não agora, depois
A justiça não falha
Não termina aqui
Onde tardam as potestades
E os principados se vendem
Quanto a ti
Se a chuva te deprime
Não provoque a tempestade
Se soubesse meu bem
O quanto eu sinto
Por redigir este requiem
Neste triste céu de agosto
Eu desgasto e gasto e fim
N'onde pouco que me resta
É um porém, sim
Mas o choro, ouve
Sabe a dor que está aí?
Sabe quando reza pelo fim?
Vai passar, vai passar
Sabe o vazio que que habita em ti?
Sabe o amanhã que viu ruir?
Vai passar, vai passar
Meu bem, se eu pudesse ter
Um efêmero zéfiro a mais
Te diria que as dores do seu mundo passarão
Antes que entoem seu pior trovão
Antes que troveje-lhe o último refrão
Sabe o mal que te aflige?
Sabe a ira que te consome?
Vai passar, vai passar
Sabe quando tudo é culpa
E só há desespero?
Então, também vai passar
Vai passar
Quando o senhor de todo temor
Perder a contenda que há no seu peito
Angustiado, sofrido
Sabe o orgulho? Vai cair
Sabe a solidão? Vai sumir.
Vai passar, vai passar
Sabe a memória? Vai trair
Mesmo que esqueça-me
Vai passar, vai passar
Tudo passa.
Qual foi a útima vez
Que você fez algo pela primeira vez?
Onde e quando?
Quase foi, era pra ser, deveria ter sido
E o que remói é o que destrói
Quando se entoa
Quero estar?
Posso estar?
Deveria estar?
O que não te faz bem
Não te faz falta
Não te oprime
Não te corrompe
Não te obriga a nada
Quero estar?
Posso estar?
Deveria estar?
Poderiam ter avisado
Que a vida é difícil
E que o tempo, o tempo passa
Mas nem tudo passa com o tempo
Nem mesmo o amor
Nem os céus
Nem Deus
Desejo que o seus enganos
Tornem-se para ti uma grande lição
E não uma sentença miserável
Sem prece
É com os dois joelhos no chão
Que se vence as maiores batalhas
Cada uma delas
Quanto à mim
Boas escolhas também doeram
Dizer não abriu também abriu portas
E elas me levaram ao lugar certo
Na hora certa
Porque foi de joelhos no chão que eu venci
Todas as minhas maiores batalhas
E ali, prostrado aos pedaços
Em milhares de outros eus
Eu fiquei de pé
Diante de qualquer um
Qualquer um
Porque foi de joelhos no chão que eu venci
Todas as minhas maiores batalhas
Foi ali, prostrado
Aos pés do Madeiro
(Haverá, haverá)
Vejo almas, não só pedaços de carne
Nem coisas pra se usar
Sem calças, nem causas
Nada entre o valor e a vergonha
Nenhum prazo pra recuar
Acredite, há um prazo pra recuar
Não deixe que destruam sua vida
Não permita que roubem sua fé
Que o riso seja sua fala toda
Vez que sua voz acabar
(Haverá, haverá)
Torpezas, vilezas
Atitudes de quem não se acanha
Em se despir a troco de nada
Mas sente repulsa quando sua máscara cai
E quem está na sua frente é Deus
Acredite, há um prazo pra recuar
Não deixe que destruam sua vida
Não permita que roubem sua fé
Que o riso seja sua fala
Toda vez que sua voz acabar
O mundo vai te comparar, o mundo vai julgar
Mas no final só quem foi fiel
Vai poder rir de todos por serem iguais
Os mesmos que hoje zombam do diferente
E sim, haverá, haverá de ser
Não deixe que destruam sua vida
Não permita que roubem sua fé
Que o riso seja sua fala
Toda vez que sua voz acabar
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
E ainda se eu conseguisse uma máquina que parasse o tempo
Você estaria ao meu alcance?
Não importa, eu te espero
Se eu pudesse escrever a história das minhas horas uma a uma seria do seu lado
Eu contaria todo o dia uma história diferente
Eu criaria frases pra sempre
Eu cantaria notas de clara esperança
E seu sorriso viraria poesia
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
E ainda se eu conseguisse uma máquina que parasse o tempo
Você estaria ao meu alcance?
Não importa, eu te espero
Eu criaria uma ONG com o seu nome
Eu tocaria acordeon na sua janela
Te pagaria um café na Rue de la Paix
Te compraria um imóvel no Mairie d'Issy
Se eu tivesse o domínio do equilíbrio e pudesse voar te traria a lua
Dominaria o meu medo de altura e buscaria no espaço cada estrela
Inverteria o princípio da inércia
Eu encolheria a Terra e te daria
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
Cada minuto aqui é uma chance
De provar o que eu mais quero
E ainda se eu conseguisse uma máquina que parasse o tempo
Você estaria ao meu alcance?
Não importa, eu te espero
Não importa, eu te espero
Não importa, eu te espero
Leve-me, leve-me
Para um lugar onde possa viver
Porque eu vivo um coletivo de quases
Quase um silêncio ameno
Mais ou menos tácito
Ao menos, eu sei que tentei
Eu procurei consolidar um lastro seu
Que fosse então meu
Meu lema, meu fado
Foi mesmo quase por querer
Fui tentar apreender algum dom
Mas fui pego, preso em flagrante
Pela Lei Federal, cento e qualquer coisa
Solte-me! Solte-me!
Por favor liberte-me, solte-me!
Sei que o erro foi emprestar meu amor
Somente pra que devolvessem em dobro depois
Se minha falha consistiu em pleitear
O que era para ser a cabo de apreço
Serei eu que aprenderei a tese
E a prática
Foi mesmo quase por querer
Fui tentar apreender algum dom
Mas fui pego, preso em flagrante
Pela Lei Federal, cento e qualquer coisa
Eu sou um recluso no exílio
Eu sou um cativo sem sentença
Mas eu hei de escapar daqui
Todos que conseguiram
Um dia tentaram
Solte-me! Solte-me!
Foi mesmo quase por querer
Fui tentar apreender algum dom
Mas fui pego, preso em flagrante
Pela Lei Federal, cento e qualquer coisa
O tempo voou, nem percebi
Mas sou o mesmo homem que
Um dia você conheceu
A canção não esqueci
O menino que há em mim
Nasceu para cantar
Chora como nunca, ao sentir
Ainda estamos juntos aqui
Abro o coração
Coloco-me aos Seus pés
Noite escura agora é manhã
E falo com rara calma
Sou o que sou, sei que sou fraco
Mas sempre tive Você aqui perto de mim
O espelho me diz que envelheci
E que mal pode existir
Em ter histórias pra contar
Dos amigos que aqui fiz
Quanta coisa se passou
Ainda estamos juntos aqui
Abro o coração
Coloco-me aos Seus pés
Noite escura agora é manhã
E falo com rara calma
Sou o que sou, sei que sou fraco
Mas sempre tive Você aqui perto de mim
Então eu
Abro o coração
Coloco-me aos Seus pés
Noite escura agora é manhã
E falo com rara calma
Sou o que sou, sei que sou fraco
Mas sempre tive Você aqui perto de mim
Sou um poliglota gago
Nato, sempre que emudeço a voz
E quando só me entendem na linguagem dos sinais
É sinal de que estou fazendo algo muito errado
Eu estou tão cansado de ver
As pessoas partirem cedo demais da minha vida
Quando tudo virou lembrança
Então eu sei que acabou
Quem dera eu saber: o que houve com nosso olhar?
Quem sabe encontrar
Sabe depreender em tudo o melhor
Que tudo de melhor possa me alcançar
Então saberei, que ao menos tive a chance
De ser melhor do que eu fui
Às vezes me sinto uma nação dividida em seis partes
E às vezes, seis nações
Que poderiam ser sete
Se nelas estivesse o meu coração
Na medida da perfeição, eu sou um imperfeito
Que procura exatidão por onde passa
Descobri que sou o fraco
Que tem sido forte há muito tempo
Que raramente choro, mas quando acontece
É simplesmente por nada
Quem sabe encontrar
Sabe depreender em tudo o melhor
Que tudo de melhor possa me alcançar
Então saberei, que ao menos tive a chance
De ser melhor do que eu fui
(Quem sempre teve
Deus como o centro das atenções
Jamais precisou secar as lágrimas
Quando o amor se ausentou)
Quem sabe encontrar
Sabe depreender em tudo o melhor
Que tudo de melhor possa me alcançar
Então saberei, que ao menos tive a chance
De ser melhor do que eu fui
Não
Eu não te amo mais
Estaria mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenha certeza
Eu sinto
Mas vou falar
Já é tarde demais
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Sinto que cada vez mais
Eu já te esqueci
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
E jamais direi
Eu te amo!
Tenha certeza
Ainda te quero como sempre quis
Estaria mentido dizendo que
Eu não te amo mais
Não
Eu te amo!
E jamais direi
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Eu já te esqueci
Sinto que cada vez mais
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Já é tarde demais
Mas vou falar
Eu sinto
Eu te amo!
E jamais direi
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Tudo foi em vão
Eu já te esqueci
Sinto que cada vez mais
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Nada foi em vão
Eu não sou mais
O homem que antes era
Procuro um eu num idílio lírico?
Ou busco-me no equilíbrio que nunca tive?
(Eu não sei!)
As torres de marfim ruíram e estão no chão
E hão de se tornar uma tábula rasa
Numa fábula do meu coração
Ferido, fragmentado
Mas ainda vivo
Ainda bate
Ainda
Quão caras
São as flores
Que adornam o solo dos perecidos
E ao chegar da friagem perecem
Para apinharem-se
Aos seus amores
Da neve
Porque o frio
O frio resolveu se congelar
Na lágrima do inocente
Que já não está
Quão caras
São as folhas
Que adernam a aurora de Abril
À presença da ausência
Sob a ausência da presença
Que repousam
Em silêncio
Porque o sol
O sol resolveu se aquecer
Para que a dor
Pudesse de vez desvanecer
Mas tão somente
Mais uma vez
Os olhos vissem na sua vivez
Que nem a fúria dos homens
Nem a loucura de outréns
Outrora o ódio à florescer
(Agora chora o seu doer)
Puderam o sangue arrefecer
Em sua sina
Sua apória
São sinais de mais uma memória
Posto que é finória
Frágil e áurea
Não apenas horas
Mas imortal até sempre
Porque a luz
A luz resolveu acender
Sua noite ao poente
Para nos lembrar
De como nós éramos normais
E de repente
Não havíamos mais
Esta é a canção que eu sempre quis
Este é o momento, meu instante
O céu aqui
Doravante, a minha alma mudou seu lar
Herdei um coração pra bater
Do lado de fora do meu peito
Minha flor!
Lágrimas jorram dos olhos
O que sinto por você
É o imenso protesto da eternidade
É o intenso amor
Minha vida, Deus te abençoe
Por você eu morrerei de amor
Por amor viverei cada dia a te zelar
Se te ensinar a viver, me ensine a rezar
Então sentirei
Que a ventura que possuo não tem metáfora
Minha flor!
Lágrimas jorram dos olhos
O que sinto por você
É o imenso protesto da eternidade
É o intenso amor
Minha vida, Deus te abençoe e assim
Dê-lhe paz, Fleur de ma vie
Êtes mon miracle, ma joie
Ma petite, ma prière, mon trésor
Ma façon d'aimer, mon don de Dieu
Mon ange, tu sera mon combat
Et ensemble, nous serons très forte
Un baiser d'esquimau, ma chérie
Et n'oubliez jamais ceci
Maman et papa vous aime
Som, luz, breu
E uma canção triste
Onde todos cantam
Em seu refrão
"O amor errou"
Dizem-me
Dizem-me
Que amor pode ferir
O amor é o ópio e a cicatriz
Mas posso te sentir
Eu posso te sentir aqui
Eu
Tú
Nós
Já era amor
Antes de ser
Em cada olhar
Em cada ausência
Há uma dor
E o temor de perder
Então vi
Então vi
Que o amor pode ferir
Que o amor é o ópio
E a cicatriz
Que faz eu te sentir
Eu posso consentir
Que o amor pode curar
O amor pode nos acurar
Qualquer instante aqui
Cada instante aqui
Volta
Que eu volto
Ao cuidado raro
Sem qualquer descuido
Porque o melhor lugar do mundo
É estar entre seus braços
É estar abandonado
Estar apaixonado
Sem qualquer razão
O amor pode ferir
O amor é o ópio e a cicatriz
Eu posso te sentir
Eu posso te sentir
Aqui
Quando eu subi, desci
Quando eu parti, voltei
Quando machuquei, doeu
Quando errei, corroeu
Mas aprendi
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo
Que se limita a ser raso
Se cair, que eu dance
Se embora for, que ande
Mesmo sem saber dançar
Sem imaginar onde
Sequer onde ir
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo
Que se limita a ser raso
Se são vários passos laços
Passam-me um rastro
Um lastro, alastro
O salto que outrora
Era tão alto
Agora apenas há o ressalto
Sobre o sobressalto ao ato sobressalto
Ao equilíbrio que auguria
O medo de cair
Cair
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo que se limita
Exceto se for íngreme
Hoje eu não desejo nada além de um bom dia
Dizer pra você somente coisas boas
Você está bem?
Estou com saudades
Volta logo
Eu sinto sua falta
Eu te espero
Descanse um pouco
Te trouxe um café
Toma um banho demorado
Não esqueça o cachecol
Está frio lá fora
Vamos dormir tarde?
Deixa a porta um pouquinho aberta
Rezei por nós!
Extraordinária vida é aquela onde o amor
Encontrou o seu lugar no melhor dos gestos
Nós fomos feitos um para o outro
Quero viver pra sempre com você
É só o começo, só o começo
Jamais anseie
Que os dias acabem rápido
Porque ao fazê-lo
Estará tendo menos tempo
Nunca é tarde quando se quer algo
Tarde foi ontem
Quando não fomos capazes de tentar
Tão incapazes
Por quê?
Sonhar custa caro demais?
E desistir custa um sonho
Que depressa se despede
Como se não voltasse mais
Se a vida retirou-se
Eu quero voltar
Mesmo que saiba
Que o pra sempre
Muda de sentido diariamente
Ou divise o passado
Sendo reprisado em memórias
Preterindo momentos mágicos
Prometa-me algo
Não jure eternidade ao tempo
Ele sabe esperar
Sonhar custa caro demais
E desistir custa um sonho
Que depressa se despede
Como se não voltasse mais
Se a vida retirou-se
Eu quero voltar, voltar
E então tocar e renunciar
Essa eterna impaciência que habito
Essa lábil náusea
Que me faz parar
Em vez de me soltar do mundo
Finalmente tornar a segurar
Em Suas mãos
Mãe, as vezes ainda me sinto
O menino que adormeceu no seu colo
E a melodia dos teus lábios
Ressoam em meus sonhos
Quando os anjos e arcanjos da porta do céu
Vejo Maria, sinto seu perfume
E tudo se resume a calmaria
Então te abraçaria e ficaria pra sempre
Sempre, pra sempre
As vezes mãe, eu tenho saudade de casa
De só brincar de ser seu herói
De ouvir as histórias que contavam
E não saber não saber que o mundo é cruel lá fora
Mas é que eu ficaria e não deixaria
Você partir nunca com Maria
Ser carregada como ela
Tornasse escada que me levaria aos céus
Com os anjos e arcanjos
Há quem amou demais
Há quem chorou demais
Quanto tempo não dão atenção ao seu pobre coração
Não se atreve a falar, não se permite errar
Quem inventou a dor?
Esqueça o ardor, afinal
Se Deus te desse só o amanhã
Pra sentir o que nunca sentiu, sentiria?
Qual seria sua última oração
Doeu, deixe curar
Ficou, deixe passar
O árduo é trivial
Mas a afeição é etérea
Se Deus te desse só o amanhã
Pra sentir o que nunca sentiu, sentiria?
Qual seria sua última oração
Mais que uma razão pra se viver
Uma verdadeira causa pela qual morrer
Seja o prólogo de quem viveu a preparar o seu epílogo
E dito, deu fé
Se Deus te desse só o amanhã
Pra sentir o que nunca sentiu, sentiria?
Se de fato fosse mesmo o último adeus
Onde há de estar o seu amor?
E assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver
Oi
Meu prezado amigo
Desneceselfies não dizem algo aqui
A não ser que eu esteja bem
Neste caso, há um porém
Tire um retrato meu
E então, divulgue-me
Não sei
Se é assim, se é pra mim
Se é o fim, o começo
Ou o erro que não se renuncia
Ou enfim a viragem, o prenúncio
O motim, o indício
De alguém a vir
Oi
É tão comum falar de mim mesmo
Que não vejo mais nada além
Que meus mesmos améns
Tão sedentos de Deus
Solitários em si
E em mim
Um desmirim
Não sei
Se é assim, se é pra mim
Ou se é o fim, o começo
Ou o erro que não se renuncia
E enfim a viragem, o prenúncio
O motim, o indício
De alguém a vir e a sorrir
E permitir-me
Dizer, ipsis verbis
Paixões febris
Não aquecem corações frios
Tão frios
E eu não sei
Eu não sei se é assim, se é pra mim
Ou se é o fim, o começo
Ou se é aqui
Que não se recomeça enfim o eu sei
Eu sei?
Eu sei
Quantas vezes eu quis
Tão longe buscar o que nunca percebi
Por tantos lugares passei
Mas afinal Você sempre esteve aqui
Quantas vezes eu quis
Por um instante Te fazer feliz
Seja com minha voz, meu louvor, meu amor
Meu coração se agita quando Você me olha assim
Tudo o que eu tenho é Você
Mesmo fraco em pedaços
Eu prefiro Te dizer
Obrigado por estar
Ao Teu lado me refaço
Eu preciso ter Você
Obrigado por estar aqui!
Quantas vezes errei
Mas no final permaneceu o amor
Renasceu em mim a força da cruz
E eu já não sei mais o que é viver
Um dia sem Você
Faz parte do meu ser
Mesmo fraco em pedaços
Eu prefiro Te dizer
Obrigado por estar
Ao Teu lado me refaço
Eu preciso ter Você
Obrigado por estar aqui!
Saiba disso
Quem te ama não te abandona
Nos momentos mais difíceis
E se a noite mais escura
Te convencer que mais ninguém vem
Ou se a bruma sussurrar-lhe ao ouvido
Que o silêncio é o último abrigo
Saiba, não é o fim
Não é o final
Só termina quando acaba
Enquanto houver vida
Não acaba aqui
Se há luz
Há vida
O fim só existe
Para quem não vê no recomeço
A chance de reescrever o capítulo
Quando a justiça não matou a sede
Ou quando a esperança esteve distante
Ou quando a lembrança esqueceu
Que tudo na vida tem jeito
E se não tiver, entenda
Não é o fim
Não é o final
Só termina quando acaba
Enquanto respirar, não acaba aqui
Onde as pessoas apenas desistem de ser
E existem sem viver
E vivem sem deixar vestígios
Fica, aguenta um pouco mais
Desaba, mas levanta
Não é o fim
Não acaba aqui
Não é agora
Se como eu triste for
Unidos a todos os tristes
E juntos quisermos
A tristeza vai desaparecer
E viveremos
Viveremos
Minha vida, minha história
Só fez sentido quando Te conheci
Seus olhos, Sua face
Me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em Você me acho
Nem dá pra disfarçar
Preciso dizer, Você faz muita falta
Não há como explicar
Foi sem Você que eu pude entender
Que não é fácil viver sem Te ter
Meu coração me diz que não
Eu não consigo viver sem Você
Sem Você
Minha vida, minha história
Só fez sentido quando Te conheci
Seus olhos, Sua sagrada face
Me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em Você me acho
Nem dá pra disfarçar
Preciso dizer, Você faz muita falta
Não há como explicar
Foi sem Você, que eu pude entender
Que não é fácil viver sem Te ter
Meu coração, me diz que não
Eu não consigo viver sem Você
Sem Você
Nunca sem Você
Meu Senhor, meu Senhor
Eu não sou nada, sem Você
Sem você
Por que está o meu verso
Tão vazio de rompantes novos
Tão ausente de variações e adjetivos
Tu é o amor são o anverso
Então é isso
De mim, há o restante
Meu pretérito já está ausente
No predicado que jaz, sou infuturo
Do desterro, revivente
Semimorto por resistir
Um átimo à mais que o inimigo
Mas não deserto
Nem sou tardio
Às vezes, eu só sei sentir
(Dum vita est, spes est)
Se, no futuro
Sós e distantes
Lembrarmos de nós
Não serei eu a te odiar
Nem tu a me amares
No presente me ausento
Amanhã deixo de fazer falta
O desaplauso é meu momento
E disto, não ardo
Sim, tardamos
Ao fardo que não superamos
Às vezes, a gente só sabe sentir
Muito e tanto
(Não!)
Suæ quisque fortuna faber est!
Que destino amargo
É aquele em que o desatino
Fez-nos esquecer de Deus
Quando tudo foi divino
Então mostramos o paraíso aos outros
E o destruímos
Salvemos o mundo, suplicamos
Sob o medo de tudo acabar
Para que tudo fique como está
Desde que inferno do outro fique lá
E diminuímos até desaparecermos
E minguamos até inexistirmos
Até o último minuto
Um último minuto
E eu diminuto