1 - Via Crucis
Compositor: Eduardo Bortolato
Compositor: Eduardo Bortolato
Intro
Eu vejo seus olhos e o que ele vêem?
Por mais que eu tente não posso entender
A sua beleza dissipa no ar
Enquanto seus sonhos caem por terra
Ao seu redor há tantas pessoas
Mas todas estão distantes de você
Perdi um pouco de minha alegria
Por não conseguir te estender minha mão
Você senta num banco e não mais se levanta
Você se fecha por dentro em quatro paredes se tranca
Olhos vermelhos, sinto que vou chorar
Por ver te levarem sem nem mesmo lutar
É preciso saber
Que tudo tem um tempo certo para acontecer
É preciso saber
Que o que passou ficou pra trás é tempo de aprender
E saber que a vida é um longo vem e vai
Em todo lugar debaixo do céu
Há um tempo pra chegar e outro pra partir
Há um tempo pra chorar, tempo pra sorrir
Há um tempo pra plantar e outro pra colher
Há um tempo pra nascer, tempo pra morrer
Há um tempo pra cada coisa acontecer
E o medo se vai
Eu busco no horizonte
Os sonhos que deixei pra trás
Por não saber viver
E hoje falo de amor
Pois ontem eu te digo amigo
Que vivi na dor sem hesitar
Os dias correm, somem
E com o tempo não vão voltar
Só há uma chance pra viver
Não perca a força, e o sonho
Não deixe nunca de acreditar
Que tudo vai acontecer
Levante as mãos e vai sentir
O Homem da cruz a te remir
Olhe pro céu e tente ver
Há um Deus a espera de você
Não há como negar que Deus vai nos mostrar
Suas palavras carregaram nossa dor
Deserto interior onde há somente dor
Somente dor, somente dor
Ele ouve o teu clamor
O teu clamor, o teu clamor, o teu clamor
Da cruz veio o perdão, do espinho a compaixão
O Cordeiro que os feridos carregou
Meu desejo é te dizer
Algo em que se pode crer
Se pode crer, se pode crer, se pode crer
Da cruz veio o perdão, do espinho a compaixão
O Cordeiro que os feridos carregou
Às vezes se esquece o porquê
Vive sem motivos pra viver
Carregue os feridos
Não olhe sempre apenas para você
Para o que o mundo tem a oferecer
Carregue os feridos carregue os feridos
A vida não existe sem o amor
Pagou o preço com a própria dor
Carregue os feridos
Não olhe sempre apenas para você
Para o que o mundo tem a oferecer
Da cruz veio o perdão, do espinho a compaixão
O Cordeiro que os feridos carregou
O sangue na arena me obriga a pensar
Na fé dos que morrem por acreditar
Aqueles que enfrentam o medo e a dor
Confiam suas vidas ao seu Criador
Em seus sentimentos não se deixam abalar
Mesmo na provação insistem em amar
Para isso é preciso ter mais que a coragem
É ir para o mar durante a tempestade
Homens santos de Deus
Que honraram sua trajetória
Homens santos de Deus, homens santos de Deus
Com seu sangue se fez nossa história
Incansáveis na luta por seus ideais
Não podem calar suas vozes jamais
Os seus inimigos não podem entender
De onde vem essa força e como os deter?
Há uma força do alto em seus corações
Que os levam a dizer para todas as nações
Que viver de verdade é estar no amor
Amor verdadeiro que vem do Senhor
Tarde cinza em queixas
Vivendo decepção
Testemunhos confusão
Espero libertação
Em meio a tantos pecados
Fervor dentro de mim
Te comparei ao redentor
Em busca de explicação
Deixei passar pelas mãos
Algumas horas com meu Senhor
Na injustiça do homem
Pela justiça de Deus Pai
Quero entender o porque de minhas mágoas
Se o mundo inteiro salvou (2x)
Naquele dia olhos cegos não podiam ver
Estava Jesus junto deles cegos não podiam ver (3x)
Andando pelas ruas
Eu vejo algo mais do que arranha-céus
É a fome e a miséria
Dos verdadeiros filhos de Deus
Vejo almas presas
Chorando em meio a dor
Dor de espírito clamando por amor
Anjos das ruas
Anjos que não podem voar
Pra fugir do abandono
E um futuro poder encontrar
Anjos das ruas
Anjos que não podem sonhar
Pois a calçada é um berço
Onde não sabem se vão acordar
Às vezes se esquecem
Que são seres humanos
Com um coração sedento pra amar
Vendendo seus corpos
Por poucos trocados
Sem medo da morte
O relento é seu lar
Choros, rangidos
Almas pra salvar
Anjos das ruas
Anjos que não podem voar
Pra fugir do abandono
E um futuro poder encontrar
Anjos das ruas
Anjos que não podem sonhar
Pois a calçada é um berço
É um berço sim
Onde não sabem se vão acordar
Anjos das ruas
Anjos que não podem voar
Pra fugir do abandono
E um futuro poder encontrar
Anjos das ruas
Anjos que não podem sonhar
Pois a calçada é um berço
Onde não sabem se vão acordar
Year year year
Onde não sabem se vão acordar
Year year year year
Se vão acordar
Menina, quando a noite vier
Perturbar sua vida, destruir seus sonhos
Menina, há quanto tempo está
Perdida e sozinha marcando o seu destino
Linda menina
Seus olhos podem brilhar sem mentiras
Sem ter que doar sua pureza
Seus sonhos de amor
Há uma outra mulher que menina
Soube um dia viver sua sina
Criar o Filho de Deus para todos libertar
Libertar, libertar, libertar
Não chore linda menina mas clame sem cessar (4x)
Ave, Ave, Ave Maria
Eu imagino o seu olhar
Eu o procuro no tempo
A última noite entre nós
Angústia ao extremo
Sua alma entristeceu
Companhia adormeceu
Só a lua a iluminar
A angústia de um homem-deus
Prostrou-se em terra
Exprimiu suas aflições
Um anjo o consolava
E a tristeza o abalava
Foi na solidão sua maior dor
Suor e sangue, angústia e amor
Sua fé venceu a dor
Ao seu destino se entregou
A salvação seria
Tal qual Deus Pai queria
Repleto de amor
O sangue transpirou