1 - O Ópio e a Cicatriz
Compositor: Guilherme de Sá
Compositor: Guilherme de Sá
Som, luz, breu
E uma canção triste
Onde todos cantam
Em seu refrão
"O amor errou"
Dizem-me
Dizem-me
Que amor pode ferir
O amor é o ópio e a cicatriz
Mas posso te sentir
Eu posso te sentir aqui
Eu
Tú
Nós
Já era amor
Antes de ser
Em cada olhar
Em cada ausência
Há uma dor
E o temor de perder
Então vi
Então vi
Que o amor pode ferir
Que o amor é o ópio
E a cicatriz
Que faz eu te sentir
Eu posso consentir
Que o amor pode curar
O amor pode nos acurar
Qualquer instante aqui
Cada instante aqui
Volta
Que eu volto
Ao cuidado raro
Sem qualquer descuido
Porque o melhor lugar do mundo
É estar entre seus braços
É estar abandonado
Estar apaixonado
Sem qualquer razão
O amor pode ferir
O amor é o ópio e a cicatriz
Eu posso te sentir
Eu posso te sentir
Aqui
Vá
Vá, mas não deixe partir
Vá, mas não esqueça
Nem lembre-se demais
Nem ouse-me dizer adeus
Vá
Deixe um pouco de você
Leve um pedaço de mim
Mas não me fatie, não me parta
Guarde-me, lá estarei
Lá
Vá remar
Onde o rio deixa-lhe
Em minha ágora
Cheia de querubins
Diga sim ou não
Mas veja que eu
Tenho um refúgio
E ele é seu
Ou me desmemorie nele
Ou lute por nos dois nessas águas
Não vá
Fique apenas, esteja
Fique sem razão de estar
Que o que foge de nós é o encontro
E o início, em seu princípio de saudade
Onde o que era tudo (eu amei)
Num espanto de ser nada
Virou temor
(E eu compreendi)
Lá
Vá remar
Onde o rio deixa-lhe
Em minha ágora
Cheia de querubins
Diga sim ou não
Mas veja que eu
Tenho um refúgio
E ele é seu
Ou me desmemorie nele
Ou lute por nos dois nessas águas
Diga sim ou não
Mas veja que eu
Tenho um refúgio
E ele é seu
Ou me desmemorie nele
Ou lute por nos dois nessas águas
Il y a rien de nouveau ce matin
Entre les draps je prends ta main
J'ai bien me collé contre toi
Les mots je t'aime ne me viennent pas
Il y a quelque jour on allait bien
On aimait tout du quotidien
On riait de nos idéaux
On s'aimait jusqu'à nos défauts
Il me manque un peu d'air
Et beaucoup d'amour
Un élan de courage pour faire demi tour
Pour le reste je te laisse, garde mes 20 ans
Prends ton temps
Moi j'ai fais le tour
Si je me fills a mon instinct
Mon coeur ma tette trois petit point
Si je résiste à faire une croix
Sur les enfants que l'on n’aura pas
Je pourrais faire semblant de rien
Voilé la peine que je deviens
J'ai beau maquiller nos défauts
Je suis plus belle dans notre peau
Il me manque un peu d'air
Et beaucoup d'amour
Un élan de courage pour faire demi tour
Pour le reste je te laisse, garde mes 20 ans
Prends ton temps
Moi j'ai fait le tour
No matter where I want to be
I've just begun
It's hard to know?
I've never been there before
It make me want to show you
That despite my mistakes and regrets
My biggest wish
Is to be on the right side
But if today I stumble, please
Don't condemn me now
Hey, I'm still here
Hey, I'm the same
Hey, why all this?
If all we have to do
Is wait for the day to end
And let the next day
Bring us something better
To make this something better
Something really special
And let go
For all that remains
No matter where I was today
I've just begun
'Cause every start again
It's a new life
It make me wanna show you
That despite my mistakes and regrets
My biggest wish
Is to be always by your side
But if today I'm on the right track
Please, don't forget that
Hey, maybe now
We find out how
Many reasons are needed for
Verses, so normal and simple
As these ones I wrote
Going round and round
Just to get to the end
To tell you
I love you
My love
No matter where I was today
I've just begun
Lamento
Por nossos lamentos
Que ferem tantos sentimentos
Do fel ao tenso perdimento
Fizeram do amor fragmento
Nada é eterno que não dure até amanhã
Se for pra sempre, cumpra-se o rito
Que perdure até de manhã
São ares, desares, azares
São díspares nossos olhares
Misturam enredo com medo
De nos perdermos num desarranjo
Nada é eterno que não dure até amanhã
Se for pra sempre, cumpra-se o rito
Que perdure até de manhã
Porque pressa demais
É atraso de menos
No tempo da nossa desrazão
Tudo é passageiro ao que nos escapa
Não se entristeça
Serei eu sua antemanhã
Se eu fosse pressa
Deveria aos poucos fugir
Mas por nós, veja
Sou paciência
Que sabe, sempre
Sempre estarei
Tough, you think you've got the stuff
You're telling me and anyone
You're hard enough
You don't have to put up a fight
You don't have to always be right
Let me take some of the punches
For you tonight
Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own
We fight all the time
You and I… that's alright
We're the same soul
I don't need… I don't need to hear you say
That if we weren't so alike
You'd like me a whole lot more
Listen to me now
I need to let you know
You don't have to go it alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you when I don't pick up the phone
Sometimes you can't make it on your own
I know that we don't talk
I'm sick of it all
Can you hear me when I
Sing? You're the reason I sing
You're the reason why the opera is in me
Where are we now?
Still got to let you know
A house still doesn't make a home
Don't leave me here alone
And it's you when I look in the mirror
And it's you that makes it hard to let go
Sometimes you can't make it on your own
Sometimes you can't make it
The best you can do is to fake it
Sometimes you can't make it on your own
Yahweh, here are your children
Crying out for peace
Father, pour out your spirit
Prepare our hearts for you
Prepare our hearts for you
Dayspring, come in your wisdom
Save us from ourselves
Jesus, come in your weakness
Bring hope to all the world
Bring hope to all the world
Hosanna, come save us
Hosanna, come save us
Diga-me
Porque banalizam tanto o amor
Se já aos treze anos não há dor
Que se arrime ao brio
De um quarto soturno
Sem pulso
Afinal
Onde está o amanhã
Se o hoje morre agora?
Posto que, ver-se-à
O quão sois sós
Diga-me
Porque corromperam o coração
Quando mais se aprazou apurar
Que solitário é ser
E não ter com quem dividir
Afinal
Onde está o amanhã
Se o hoje morre agora?
Posto que, ver-se-à
Ao não arredarmos nós
O quão seremos sós
Quem vai silenciar
No apócrifo temor de ser?
Face à um labirinto
Ou um salto no abismo
Paraliza o átrio de quem vê
E esse olhar, seja de quem for
Não mira o que sou
Na algúria (ou disúria?)
Hei de me levantar
Quanto menos se existe
Mais se desarvora
Quando tudo se exime
Nada se alvora
Porque uma vida sem fé
É apenas uma alvorada nua
Desprovida da certeza
De crer além de si
Mas quem se interessa?
Quem vai silenciar
No apócrifo temor de ser?
Face à um labirinto
Ou um salto no abismo
Paraliza o átrio de quem vê
E esse olhar, seja de quem for
Não mira o que sou
Na algúria (ou disúria?)
Hei de me levantar
Ao senso de encarar um céu
De estrelas maiores que eu
Vê-las desabar do firmamento
Faz supor que a gravidade é uma punição
Que nos foi firmada na ironia
Para mostrar quão mais próximo
Do pó se está
E dele reviverem, bradando
"Esquecer-se, não!"
"Odiar-se, entregar-se, não!"
Numa ode final
De astros sem um olimpo
Afinal, afinal
De que serve um jardim
Se você não o tem?
E se o tem, não o divide com ninguém?
Desprenda!
Flutua!
Quando fenecermos, riremos de Newton
Por sobre o ar
Porque, cá entre nós
Bater no chão
Não é nada
Quão caras
São as flores
Que adornam o solo dos perecidos
E ao chegar da friagem perecem
Para apinharem-se
Aos seus amores
Da neve
Porque o frio
O frio resolveu se congelar
Na lágrima do inocente
Que já não está
Quão caras
São as folhas
Que adernam a aurora de Abril
À presença da ausência
Sob a ausência da presença
Que repousam
Em silêncio
Porque o sol
O sol resolveu se aquecer
Para que a dor
Pudesse de vez desvanecer
Mas tão somente
Mais uma vez
Os olhos vissem na sua vivez
Que nem a fúria dos homens
Nem a loucura de outréns
Outrora o ódio à florescer
(Agora chora o seu doer)
Puderam o sangue arrefecer
Em sua sina
Sua apória
São sinais de mais uma memória
Posto que é finória
Frágil e áurea
Não apenas horas
Mas imortal até sempre
Porque a luz
A luz resolveu acender
Sua noite ao poente
Para nos lembrar
De como nós éramos normais
E de repente
Não havíamos mais
Quando eu subi, desci
Quando eu parti, voltei
Quando machuquei, doeu
Quando errei, corroeu
Mas aprendi
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo
Que se limita a ser raso
Se cair, que eu dance
Se embora for, que ande
Mesmo sem saber dançar
Sem imaginar onde
Sequer onde ir
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo
Que se limita a ser raso
Se são vários passos laços
Passam-me um rastro
Um lastro, alastro
O salto que outrora
Era tão alto
Agora apenas há o ressalto
Sobre o sobressalto ao ato sobressalto
Ao equilíbrio que auguria
O medo de cair
Cair
Não há nada
Que possa me impedir
De ser capaz
Ou ser forte o bastante
Errante é o passo que se limita
Exceto se for íngreme