1 - Baile das Máscaras
Compositor: Bruno Faglioni
Compositor: Bruno Faglioni
São disfarces de todo lugar no mesmo salão
E todos vieram dançar
Mas, perceba, em seus lábios não há qualquer diversão
Há algo de errado no ar
E a noite avança
E no meio da valsa um ruído irrompe a canção
É a sonata dos corpos que caem no chão
Quem vai ser capaz de apagar da memória
O assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Há quem veja a agonia gritar e estenda sua mão
E há quem desvie o olhar
E há feições que parecem gostar do caos no salão
E há quem se arrisque a orquestrar
A insana cadência
A precoce falência que parte sem se despedir
E entre o capo e o fine ainda há muito por vir
Quem vai ser capaz de apagar da memória
O assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Quando a mente te afronta, será que é capaz de dizer
Nesse baile das máscaras, quem é você?
Quem vai ser capaz de apagar da memória
O assombrar do baile das máscaras?
Quem vai ser capaz de consertar
Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras?
Oh, oh
Oh, yeah
No baile das máscaras
Quem vai, quem vai devolver o ar
Aos que vimos sufocar no baile das máscaras?
Quando foi a última vez em que você soltou o leme e confiou?
A última vez em que dobrou os seus joelhos
E se libertou da triste pretensão de se bastar?
Solte as mãos! Você não está sozinho!
Solte as mãos! Não dorme o olhar que vela por você!
Quando foi a última vez em que você desabrigou a sua dor
E se abandonou na rara calma de quem sente o amor a lhe guardar
E assim buscou impulso pra saltar?
Solte as mãos! Você não está sozinho!
Solte as mãos! Não dorme o olhar que vela por você!
A vida joga e você nem sente o golpe na mente que chega pra te derrubar
Na tentação de ser suficiente, você insiste, inocente, na nóia de se sabotar
O mundo é tróia, você é aquiles, o invencível
Daqueles, que ninguém pode derrotar
Até o instante em que o tempo fecha
O corpo cessa, é a flecha que atinge o seu calcanhar
Então você começa a ver tudo girar, e tróia se diverte ao ver você sangrar
E o que mais temia, olha que ironia, é a flecha que te obriga agora a se dobrar!
Será que agora você pode entender?
Será que agora você pode aceitar?
Joelho no chão, faça uma oração!
Não dorme o olhar que vela por você!
Solte as mãos! Você não está sozinho!
Solte as mãos! Não dorme o olhar que vela por você!
Abram os portões, soltem os leões!
É preciso entreter a multidão que saiu de casa pra ver sangue sem sujar a mão
E enquanto apontam dedos, vendo tudo acontecer
Os bravos lutam contra as feras, pra sobreviver
Deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não podem te tocar!
Deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não sabem o que é lutar na arena!
Éramos iguais, mas não somos mais como outros tantos milhões de mortais
Que não conhecem a dor, nem mesmo o sabor, nem a luta por seus próprios ideais
Nós caímos, levantamos, nós somos agentes por aqui
Pesadelos vivos de quem tem medo de agir
Por isso somos circo que distrai frustrações
De covardes que escolheram desertar nas provações
Deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não podem te tocar!
Deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não sabem o que é lutar na arena!
Quando o medo te impede de tentar
O que resta é procurar um bom lugar pra se sentar pra ver
Escondido onde ninguém vai te notar
O que resta é criticar quem se atreve a entrar na arena
So that his place shall never be with those cold timid souls
Who neither know victory nor defeat!
Então deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não podem te tocar!
Deixe ser! Deixe estar! São apenas vozes que não sabem o que é lutar na arena!
Você chegou sem avisar, e entendeu num só olhar
Nem quis saber por onde andei
E assim eu me entreguei
E os medos que eu trazia em mim
Ao te abraçar, tiveram fim
A dor que um dia eu cultivei, me abandonou
Pois encontrei dentro dos teus braços o que sempre procurei
E é você, sim, é você
O fim de todo desalinho, o florescer do meu caminho
É você, sim, é você
O fim de toda despedida, o meu amor pra toda vida
É você!
As folhas soltas pelo chão
Não mais lembravam o verão que costumava me aquecer
Outono fez eu perceber que o inverno vem pra todo amor
Trazendo frio, perdendo a cor
Até a estrela mor cruzar o Equador e anunciar
Nova primavera a todos que desejam amar
E é você, sim, é você
O fim de todo desalinho, o florescer do meu caminho
É você, sim, é você
O fim de toda despedida, o meu amor pra toda vida
É você!
Por tantas vezes eu tentei salvar as flores
Dos falsos amores que eu pensava serem meus
Mas foi você chegar, pra me ensinar que tudo está nas mãos
De alguém que é bem maior que eu!
E é você, sim, é você
O fim de todo desalinho, o florescer do meu caminho
É você, sim, é você
O fim de toda despedida, o meu amor pra toda vida
É você!
O fim de toda despedida, o meu amor pra toda vida
É você!
Trovejou e você só riu
Chuviscou e você sorriu
Como quem faz da chuva seu próprio refrescar
Apertou, você nem sentiu
Inundou e você fluiu
Afinal o que é um dilúvio pra quem aprende a flutuar?
Sempre que alguém tira a dor pra dançar
Eu toco o que não sou capaz de enxergar
Que bom te olhar
Dançando na chuva
Perdurou, você insistiu
Reboou, você prosseguiu
Fez do som da tempestade música para amar?
Sempre que alguém tira a dor pra dançar
Eu toco o que não sou capaz de enxergar
Que bom te olhar
Sorrindo, vendo o céu se derramar
Me ensinando que a gente é que escolhe cessar
Que bom te olhar
Dançando na chuva
Em algum lugar tem alguém que já desistiu de ser, vive pra morrer
Seja, então, você, novo inspirar a quem precisa ver
Feliz quem faz da chuva água pra renascer
Sempre que alguém tira a dor pra dançar
Eu toco o que não sou capaz de enxergar
Que bom te olhar
Sorrindo, vendo o céu se derramar
Me ensinando que a gente é que escolhe cessar
Que bom te olhar
Dançando na chuva
Este é o som pros seus dias mais difíceis por aqui
Quando o peso dos seus erros não te deixa mais seguir
Sei que dói viver encarando as consequências de errar
E por mais que você tente se esquecer, tudo te faz lembrar
Quando se encontrar sem saída e a dor bater
Olhe para o amor, veja ele morrendo por você!
Olhe para os braços presos e abertos
Veja se é possível que um amor assim não queira te abraçar
Você vale mais do que a soma dos estragos que causou
Quem te enxerga por inteiro, ali já te amou
Quando se encontrar sem saída e a dor bater
Olhe para o amor, veja ele morrendo por você!
Olhe para os braços presos e abertos
Veja se é possível que um amor assim não queira te abraçar
E até desista de escutar seu coração pedindo pra voltar
Quando se encontrar sem saída e a dor bater
Olhe para o amor, veja ele morrendo por você!
Olhe para os braços presos e abertos
Veja se é possível que um amor assim não queira te abraçar
E até desista de escutar seu coração pedindo pra voltar
Este é o som que dá à sua esperança um porquê
Os mesmos braços seguem abertos, esperando por você!
Você que está cansado
E não consegue ir em frente
A vida não é fácil
E assim não vai ser diferente
Se agora está escuro
Há uma luz iluminando a gente
Que conhece suas dores
Os teus desejos sua mente
Fique de pé, o quanto der
E só pare caso queira respirar
Fique de pé, onde estiver
Porque toda dor pode se transformar
Nas curas que hão de vir
Suas páginas de lágrimas
Vão fazer sentido enfim
Atrás de todo medo
Tem mil razões e sentimentos
Histórias e memórias
Que acinzentam muitos pensamentos
Se a solidão te apontar
Há um Deus que bate a mesma porta
Revirando seus vazios
Querendo ter você de volta
Fique de pé, o quanto der
E só pare caso queira respirar
Fique de pé, onde estiver
Porque toda dor pode se transformar
Nas curas que hão de vir
Suas páginas de lágrimas
Vão fazer sentido enfim
Quem foi seus passos no chão quando nem sequer sabia andar?
E se anulou por você?
Quem te amou sem um porquê?
Quem não sabe de onde veio
Como vai saber chegar?
Láureas em vida é preciso entregar
Retribua o amor enquanto há tempo para amar!
Quem segurou na sua mão
Quando o medo te dizia não?
E disse estar tudo bem?
Quem te abraçou, me diga
Quem não sabe de onde veio
Como vai saber chegar
Láureas em vida
É preciso entregar
Retribua o amor
Enquanto há tempo para amar
Antes do sinal tocar
E ver o que mais se quer
Justamente se tornar
O que não se pode ter
Láureas em vida
É preciso entregar
Retribua o amor
Enquanto há tempo para amar
Foi num canto qualquer
Sem ter conforto algum
Lugar nenhum
Quis abrigar
Seu despertar aqui
Descartado raiou
Para dar chance a quem
A vida descartou
Quem podia pensar
Foi num canto qualquer
Que o mundo mudou
Onde os olhos não veem
Onde a mente não pode alcançar
Deus se deixa encontrar
Por quem busca seguir
E imitar seu amor
E imitar seu amor
Feito um preso qualquer
Sem um menor valor
Homem de dor
Quis se entregar
Sem nada reclamar
Condenado aceitou
Todo peso do mal
Que minha mão espalhou
Que podia pensar
Quando tudo era fim
Foi que a vida voltou
Onde os olhos não veem
Onde a mente não pode alcançar
Deus se deixa encontrar
Por quem busca seguir
E me dar seu amor
Que se fez de miserável pra abraçar
A miséria que eu insisto em desprezar
Entregando a própria vida em meu lugar
Me revela o que persisto em não notar
A fortuna que eu só posso encontrar
Onde os olhos não veem
Onde a mente não pode alcançar
Deus se deixa encontrar
Por quem busca seguir
E imitar seu amor
Onde a mente não pode alcançar
Deus se deixa encontrar
O que busca seguir
E imitar seu amor
E imitar seu amor
Preste atenção, as pedras não vão parar de chover
Você precisa andar, mesmo que custe sofrer
Mesmo que custe abraçar as próprias marcas de uma alma que sangrou
Que podia desistir, mas escolheu ficar de pé
Levante seus braços cansados de lutar
Sorria seu rosto cansado de chorar
A dor vai passar, vai cicatrizar, e o que resta não vai te parar
São apenas marcas! Nada além de marcas!
Meros sinais, são rastros para te lembrar
Do amanhã que não podia ver e que mesmo assim se fez chegar
Quando o ontem parecia ser limite, o fim da linha pra você
Descobriu que não há dor que te obrigue a se render
Levante seus braços cansados de lutar
Sorria seu rosto cansado de chorar
A dor vai passar, vai cicatrizar, e o que resta não vai te parar
São apenas marcas! Nada além de marcas!
Levante seus braços cansados de lutar
Sorria seu rosto cansado de chorar
A dor vai passar, vai cicatrizar, e o que resta não vai te parar
São apenas marcas! Nada além de marcas!
O que mais faz valer? É a verdade, é o poder?
O que mais vale ter?
Quem só sabe falar ou quem sabe fazer
Qual dos dois vale ser?
Quanto vale julgar, esmagar, condenar
Se não sabe viver?
Quanto vale atuar? Quanto vale enganar?
Quanto vale entreter?
Quanto vale o teatro do tolo
Que ignora o que está por vir?
Quando a luz iluminar o palco
E a máscara, por fim, cair
Quanto vale? (O falso tesouro que busca?)
Quanto vale? (Imagem, miragem que engana?)
E quanto vale? (De que vai servir a farsa criada, moldada, quando a Verdade surgir?)
Cuidado com o acerto que está por vir!
Quanto vale o castelo de areia
Que ergue quando o vento sopra?
Quando a água chegar, quando tudo ruir
Quem de mim vai restar?
Quanto valem os lugares de honra?
Quanto valem os aplausos dos reis?
Se, por dentro, está vazia a alma
Quanto vale conhecer as leis?
Quanto vale? (O falso tesouro que busca?)
Quanto vale? (Imagem, miragem que engana?)
E quanto vale? (De que vai servir a farsa criada, moldada, quando a Verdade surgir?)
Cuidado com o acerto que está por vir!
(Quanto vale?)
(Quanto vale?)
(Quanto vale?)
Quanto vale?
Quanto vale? (O falso tesouro que busca?)
Quanto vale? (Imagem, miragem que engana?)
E quanto vale? (De que vai servir a farsa criada, moldada, quando a Verdade surgir?)
Cuidado com o acerto que está por vir!
Quanto vale? (O falso tesouro que busca?)
Quanto vale? (Imagem, miragem que engana?)
E quanto vale? (De que vai servir a farsa criada, moldada, quando a Verdade surgir?)
Cuidado com o acerto que está por vir!
Então é isso, não há como intervir
Não há esforço que pare o que há de ser
A cada instante o hoje é menos meu
E mais do amanhã, que enreda o meu partir
Enquanto vejo o brilho da aurora de quem vem
Eu me pergunto: O que vai ficar de mim, aqui?
O que vai restar no alvorecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus!
O jardim dela, que florescia aqui
Deu seu espaço à um piso sem cor
E o poeta que eu costumava ouvir
Já faz um tempo que de vez se calou
Enquanto o vento leva embora as marcas de onde eu vim
Eu te pergunto: O que vai ficar de ti, pra mim?
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
Após a tarde, dissipar a luz do que eu vivi
Vejo a noite e vim deitar, o que restou de mim, aqui?
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus, pra mim
O que vai restar no entardecer?
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus
Aos poucos vejo o tempo tornar tudo aqui um leve adeus